15/05/2019
Custo do IPO no Brasil é, em média, metade dos EUA
São Paulo, 15 de maio de 2019 - Os custos médios relacionados com o IPO (oferta pública de ações) são significativamente menores no Brasil, como percentual dos recursos captados, variando em média entre 2,5% a 5,6%, enquanto nos Estados Unidos a média fica entre 4% e 11,7%. Essa é uma das principais conclusões do estudo da PwC Brasil, elaborado a partir de dados públicos disponibilizados pela B3 e entrevistas realizadas com companhias de capital aberto.
“Analisamos dados de IPOs brasileiros no período entre janeiro de 2004 e abril de 2008. Além disso, entrevistamos dezenas de CFOs e profissionais da área de relacionamento com investidores de companhias de capital aberto”, explica Kieran McManus, sócio da consultoria da PwC Brasil. “Nossa base de comparação foi uma pesquisa, também feita pela PwC nos EUA, sobre o mercado de capitais norte-americano. Nesse período de janeiro de 2004 a abril de 2018, foram 182 IPOs de empresas brasileiras, sendo que 97% das ofertas ocorreu no Brasil”, completa.
De acordo com o estudo, o Brasil também leva vantagem sobre os custos para a manutenção de uma empresa de capital aberto. Segundo 75% dos CFOs cujas empresas são listadas no Brasil, os custos recorrentes de uma companhia aberta equivalem ou são menores que as expectativas iniciais. Já no mercado norte-americano, 50% afirmam que os custos estão alinhados com as expectativas iniciais.Dois terços dos participantes no Brasil informaram que seus custos recorrentes como companhia aberta são inferiores a US$ 400 mil. Em pesquisa realizada em 2017 pela PwC com empresas abertas dos Estados Unidos, 6% dos CFOs informaram custos recorrentes inferiores a US$ 500 mil.
“Os dados desse estudo mostram que o processo de listagem no Brasil é extremamente competitivo”, comenta Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes-Brasil da B3. “A meta da B3 é desenvolver o mercado de capitais e para tal estamos constantemente revisando nossas regras, buscando a proteção aos investidores com a adoção das melhores práticas de governança corporativa e viabilizando novas ofertas públicas de ações”, completa.
Para acessar o estudo completo da PwC Brasil, clique aqui.
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