09/05/2019
B3 lança pesquisa “Ecossistema do Investidor Brasileiro”
São Paulo, 09 de maio de 2019 – A B3 apresentou hoje, em um evento em São Paulo, o resultado de uma pesquisa que realizou com mais de mil pessoas com a intenção de se aprofundar no “Ecossistema do Investidor Brasileiro”.
A pesquisa tem o intuito de ajudar clientes e parceiros a dedicarem esforços para atingir o investidor pessoa física, além de demonstrar como o mercado brasileiro tem potencial para desenvolver estratégias com foco nesse público. O estudo busca ainda entender, principalmente, os triggers que movem as pessoas a combinarem a poupança com outros investimentos.
“Os dados coletados na pesquisa retratam a relação que os investidores brasileiros estabelecem com os mais variados produtos financeiros e, sobretudo, ajudam os agentes financeiros [corretoras e bancos] e a B3 a identificarem oportunidades na prestação de serviços para os diferentes perfis e comportamentos”, explica Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes Brasil da B3.
A pesquisa foi dividida em cinco tópicos que traduzem os principais achados:
“O importante é investir”
Neste primeiro tópico, diversos mitos dos investidores iniciantes sobre o mundo dos investimentos aparecem, como, por exemplo, a percepção equivocada de que para iniciar seus investimentos é necessária uma grande quantidade de dinheiro.
Nesse ponto, identificou-se que o primeiro e principal passo a ser dado é aumentar o nível de conhecimento, buscando diminuir o gap de comunicação que causa distanciamento entre as pessoas físicas e os produtos de investimento. Assim é possível entender que começar a investir com pouco, diversificar logo no início e aplicar além da poupança são pontos imprescindíveis para jornada do investidor.
“Quem poupa investe”
Neste ponto, foi analisado mais a fundo o perfil da pessoa física que investe na poupança por segurança e alto conhecimento no produto. Nesse sentido, entendeu-se que, ao invés de não recomendar a poupança, o caminho é incentivar a diversificação do portfólio de investimentos, de modo que a poupança coexista com um ou mais investimentos. O potencial de retorno para essa estratégia seria promissor, uma vez que 53% das pessoas responderam que pretendem diversificar seus investimentos.
“Diversificar para conquistar”
Neste item, a pesquisa aponta que, como qualquer outra forma de consumo, a decisão sobre quais investimentos comprar segue tendências, ou seja, produtos salientes e que estão em alta são os produtos no radar do investidor que tem a intenção de diversificar sua carteira de investimentos, ou ainda iniciantes neste mundo. Tesouro direto, LCI e LCA, ações, fundos de investimento, previdência privada e, até, bitcoins foram citados pelo público.
“A arte da conquista”
Traz percepções equivocadas das pessoas físicas em relação aos investimentos e essas percepções transformam-se em grandes oportunidades. Nesse sentido, esse tópico aponta o poder do “peer to peer”, uma forma horizontal de aprendizagem, na qual as pessoas procuram informações em pessoas que se identificam (familiares, amigos e, sobretudo, influenciadores) e que, ao mesmo tempo, já passaram pelas mesmas experiências, trazendo, dessa forma, uma informação relevante e, de certa forma, isenta e confiável.
“Mantenha a chama acesa”
Apesar de haver ainda um déficit muito grande em relação aos investimentos, existe também uma parcela das pessoas (51% dos entrevistados) que admite que gostaria de ter algum expert em investimentos apoiando suas decisões.
“A pesquisa comprova que as pessoas estão mudando a sua forma de encarar investimentos, e por isso, é o momento de aproveitar para desmistificar muitas crenças em torno do assunto. Os bancos e as corretoras, grandes responsáveis pelos recordes do número de investidores em abril, estão cada vez mais cientes de seu papel e buscando trazer uma comunicação clara, com ferramentas específicas e direcionadas para esse público cada vez mais exigente e digital”, explica o diretor.
1 milhão de investidores
O mês de abril foi marcado pelo alcance de mais de um milhão de investidores pessoa física no mercado de renda variável da B3. Foram 1.046.244 de investidores, mais de 63 mil novos CPFs quando comparado ao número de março. “Além dos investimentos em produtos de bolsa, o tesouro direto também atingiu a marca de mais de 1 milhão de investidores. O Ibovespa, principal índice e termômetro do mercado atingiu, também esse ano, os 100 mil pontos. Não podemos ignorar que há uma mudança em curso no mercado financeiro. A B3 pretende com a pesquisa e com todas as outras iniciativas que está desenvolvendo para o ano, se manter lado a lado com o cliente, contribuindo para que cheguem mais e mais pessoas no mercado de forma sustentável”, conclui Paiva.