A B3 é pioneira na classificação e certificação de café e a percepção do valor que esta classificação agrega à comercialização está relacionada às seguintes características:

  • Eficiência operacional - devolução dos resultados no prazo contratado;
  • Independência e imparcialidade - como a B3 não faz parte da cadeia de comercialização, não há conflito de interesses;
  • Capacidade técnica - determinada pela qualificação profissional;
  • Confiabilidade - certeza de que a classificação é efetuada em todas as amostras e de que a regulagem dos equipamentos respeita as normas dos órgãos técnicos;
  • Sigilo comercial - segurança de que os dados dos clientes são tratados com sigilo;
  • Solidez - a dimensão global da B3 é valorizada pelos participantes.

A certificação emitida pelo laboratório da B3 é demandada por tradings, indústrias nacionais e estrangeiras por ser reconhecida internacionalmente.

Laboratório de Classificação de Café

O contrato de café começou a ser negociado em 1978. Para efetuar o processo de liquidação física do contrato futuro de café arábica, o café deve ser classificado e arbitrado pela B3, além de estar depositado em armazéns cadastrados, denominados Depositários do Agronegócio (DA).

Atualmente existem dois contratos futuros de café arábica: tipo 4/5 e tipo 6/7. Cada um possui especificações próprias de qualidade (vide as especificações de qualidade dos dois contratos futuros de café da B3 - tipo 4/5 e tipo 6/7).

A determinação da qualidade do café compreende fases distintas de análises laboratoriais até a certificação. Todas as fases obedecem a legislação em vigor.

Descrição: considera as características adquiridas por eventuais falhas do produtor e do armazenamento. Assim, o café pode ser classificado como bom, regular, ruim, mofado, podre, mal seco, fermentado, etc.

Defeitos: são contados os grãos defeituosos e as impurezas contidos numa amostra de 300g de café beneficiado. São considerados defeitos os grãos imperfeitos e as impurezas presentes na amostra. A cada um desses grãos imperfeitos ou impurezas corresponde uma medida de equivalência de defeitos, segundo a tabela oficial para classificação.

Peneira: esta classificação é feita por peneiras que separam os grãos pela forma e pelo tamanho. As peneiras têm formas circulares e alongadas, designadas por números. As peneiras de grãos chatos vão de 12 a 20 e as dos grãos mocas (arredondados) vão de 8 a 13.

Torração: dependendo do aspecto dos grãos ao serem torrados, a torração do café é classificada como: fina, quando é uniforme para todos os grãos; boa, quando há alguns defeitos; regular, quando apresenta um bom número de defeitos; e má, com grande quantidade de defeitos, como grãos verdes e pretos.

Bebida: para avaliar as características de gosto e aroma do café é feita a prova da xícara por provadores certificados. Há sete escalas possíveis para o café brasileiro na classificação oficial. Quanto mais a bebida apresentar sabor agradável, suave e adocicado, maior é a sua qualidade.

Localização dos laboratórios: Santos (SP) e São Paulo (SP).

Depositários do Agronegócio (DA)

Os DA’s são unidades armazenadoras, cadastradas mediante a formalização da apresentação de alguns documentos e vistoria técnica feita por profissionais da B3, onde serão analisados: capacidade de armazenagem, maquinários, boa conservação da construção e localização. Após passar pelo processo de vistoria e atender aos critérios de análise econômico-financeira, o pedido de cadastramento será apresentado à Câmara Consultiva do Café da B3 que, após votação, recomenda ou não a inclusão do mesmo no quadro de armazéns cadastrados.