25/03/2025
Entenda o follow-on e a importância para as empresas
São Paulo, 25 de março de 2025 – Após listar ações na B3, uma companhia pode decidir emitir novos papéis e captar mais recursos no mercado, que poderão ser usados para diversas finalidades. Tais operações são chamadas de ofertas subsequentes, também conhecidas como follow-ons. A denominação existe para diferenciar da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que marca justamente a estreia de uma empresa no pregão da bolsa.
O follow-on também pode ocorrer para que um ou mais acionistas vendam seus papéis no mercado, em linha com uma estratégia de saída ou redução de participação na empresa investida.
“Nos últimos três anos, a B3 já registrou mais de 50 ofertas subsequentes de ações, que captaram aproximadamente R$ 115 bilhões”, afirma Leonardo Resende, superintendente de Relacionamento com Empresas da B3. “Vale destacar ainda que 70% do volume financeiro dos follow-ons desse intervalo diz respeito a ofertas primárias, ou seja, recursos novos que ingressaram no caixa das companhias, financiando os mais variados projetos.”
Leonardo Resende, superintendente de Relacionamento com Empresas da B3
Crédito: Wanezza Soares/B3
Tipos de ofertas subsequentes
Primária: acontece quando uma companhia emite novas ações e as vende no mercado. Os recursos captados ficam com a própria empresa, que pode utilizá-los para expansão dos negócios, pagamento de dívidas, reestruturação acionária etc.
Secundária: neste caso, um ou mais acionistas, que podem ou não integrar o grupo de controle da empresa listada na B3, decidem vender seus papéis no mercado. Os recursos obtidos ficam com os vendedores.
Público amplo ou restrito
Ao estruturar um follow-on, a companhia decide se fará uma oferta para o público geral ou restrito (investidores qualificados ou profissionais), de acordo com o que deseja alcançar.
No primeiro caso, qualquer investidor poderá adquirir as ações colocadas à venda no mercado. Já no segundo, somente investidores que se enquadrem nas características de qualificados ou profissionais poderão adquirir as ações. Independente do público-alvo, a empresa precisa seguir as orientações da resolução 160 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia que regula e fiscaliza o mercado de ações no Brasil. Com isso, a companhia se compromete em dar ampla divulgação aos detalhes da oferta, entre outras obrigações.
Outros destaques dos follow-ons na B3 nos últimos três anos:
- R$ 5 bilhões foram aportados por pessoas físicas;
- Cerca de 70% das ofertas foram com recursos de investidores brasileiros.
As estatísticas e histórico de Ofertas Públicas da bolsa estão disponíveis no link.
Fotos para a imprensa: Mídia kit