12/11/2025
Relatório Anual de ETFs 2025 da B3 aponta nova era de inovação e amadurecimento dos investidores
São Paulo, 12 de novembro de 2025 – A B3, a bolsa do Brasil, lança nesta quarta-feira (12) o "Report Anual de ETFs 2025", um panorama completo que revela a profunda transformação do mercado de fundos de índice no país. A indústria ultrapassou a marca de R$ 75 bilhões em patrimônio consolidado e conta com mais de 850 mil investidores com posição em custódia, dos quais 81% são pessoas físicas.
O documento foi apresentado nesta quarta-feira (12) durante o ETF Day Brasília, evento promovido pela B3 para debater o mercado dos fundos de índices.
O relatório, que analisa a evolução do setor desde o lançamento do primeiro ETF do país, em 2004, conclui que o Brasil entrou em uma nova fase, migrando da "democratização" do acesso para a "sofisticação acessível", destacando o recorde em inovação de produtos em 2025. Neste ano, o mercado viu o lançamento de produtos que abrem novas possibilidades de estratégias de investimento, como o primeiro ETF híbrido (GOAT11), que combina renda fixa local e ações internacionais em uma única cota.
Outro ponto de destaque foi a consolidação do Brasil como um hub financeiro global. O lançamento do programa ETF Connect Brasil-China, em maio de 2025, que conecta a B3 às bolsas de Xangai e Shenzhen, é um marco central. O Brasil tornou-se o primeiro país fora da Ásia a aderir ao modelo, permitindo a listagem recíproca de produtos e dando ao investidor local acesso direto a ETFs de tecnologia e às maiores empresas chinesas, como o PKIN11 (que segue o índice CSI 300), o TECX11 (que acompanha o índice ChiNext) e o SILK11 (que segue o índice MSCI China A 50 Connect Index).
Essa sofisticação reflete uma mudança no comportamento do investidor. Segundo especialistas consultados no relatório, a dúvida do investidor não é mais "se" vale a pena investir em ETF, mas "qual" ETF se encaixa em sua estratégia. A prateleira de mais de 500 produtos listados, dando acesso aos mercados de ETFs locais e globais, agora permite estratégias mais complexas de alocação, contando com produtos sofisticados, como ETFs de "Smart Beta" — que preenchem a lacuna da gestão ativa (ainda indisponível no país) ao reorganizar cestas de ativos com base em fatores quantitativos, e não apenas no valor de mercado —, até ETFs Globais temáticos, que dão acesso direto a teses de longo prazo antes inacessíveis, como inteligência artificial (BAIQ39), blockchain (BKCH39), data centers (DTCR39) e energia nuclear (BURA39). Além disso, a oferta inclui outros ETFs de nicho, responsáveis por ampliar liquidez em mercados como o de crédito privado (MARG11) e o de micro caps (TRIG11).
"A B3 acompanha de perto as demandas dos investidores e as tendências globais", afirma Bianca Maria, gerente de Produtos de Cash Equities da B3. "O que observamos é um apetite crescente por novas teses e estratégias de ETFs. Esse mercado vem crescendo de forma consistente desde 2020, passando de 30 produtos listados para mais de 500 atualmente, o que mostra o aumento de opções à disposição dos investidores na bolsa do Brasil.”
O Report Anual de ETFs pode ser acessado no site da B3