Derivativos de energia elétrica

  • A B3 faz o registro de contratos de derivativos de balcão de energia elétrica nas modalidades Termo, Swap e Opção. Eles funcionam como um mecanismo de proteção (hedge) contra a flutuação do preço da energia, ajudando a gestão de riscos e trazendo maior previsibilidade de resultados para as companhias que os contratam.

    Os derivativos são instrumentos financeiros cujo valor deriva de outros ativos, como moedas, índices, juros e mercadorias, que são chamados de ativos subjacentes. No caso da energia, o ativo utilizado atualmente é o Preço de Liquidação por Diferenças (PLD), apurado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O sistema de registro permite escolher o tipo de PLD (médio semanal por macrorregião e tipo de carga e médio mensal).

    Quem pode se beneficiar
    • Comercializadoras interessadas em travar o preço futuro do PLD.
    • Companhias que desejam obter retorno financeiro com a oscilação de preço.
    • Investidores que desejam lucrar com a expectativa de alta ou baixa das cotações.
    Como são feitas as operações

    A negociação do contrato de derivativo é realizada entre as partes, de forma bilateral, e os parâmetros acordados são registrados na B3, como acontece com todas as operações feitas no mercado de balcão. Por ser uma negociação bilateral de balcão, existe o risco de crédito da contraparte. No vencimento, o comprador recebe ou paga o valor de ajuste, dependendo da diferença entre o preço acordado com a contraparte e o preço do PLD na data de vencimento.

    Confira os detalhes de cada etapa da operação:

    1. Pré-negociação
    As partes assinam o Contrato Global de Derivativos (CGD) contendo os princípios básicos da relação bilateral, como garantias, cláusulas para compensação de valores (netting), condições em caso de inadimplência e demais itens acordados.

    2. Negociação
    As partes definem entre si os parâmetros da operação: ativo subjacente (tipo de PLD), preço, quantidade e data de vencimento, entre outros. A negociação é feita utilizando qualquer meio que as partes entendam ser adequado (telefone, e-mail, plataforma, etc.).

    3. Pós-negociação
    Após o fechamento da operação, as partes podem emitir um documento com o resumo dos parâmetros negociados (também conhecido como nota de negociação ou confirmation). As informações são conferidas e devem ser registradas.

    4. Registro na B3
    O registro no sistema da B3 pode ser feito por qualquer empresa que tenha acesso ao módulo de Derivativos de Balcão sem contraparte central (CCP), geralmente, bancos e corretoras.

    5. Liquidação financeira
    No vencimento da operação, o sistema da B3 faz o cálculo do ajuste a ser pago entre as partes. Por se tratar de uma operação de balcão, não há nenhum tipo de proteção ou cobertura, por parte da B3, contra o não pagamento do valor devido entre as partes.

    Principais características do balcão
    • Flexibilidade nos parâmetros: as partes negociam livremente o tipo de ativo subjacente (PLD Médio SE/CO, por exemplo), o preço, a quantidade e o vencimento.
    • Risco de crédito: diferente do que acontece no mercado de bolsa, em que a B3 é a contraparte das operações, no balcão o risco de crédito é das partes.

    Fique por dentro do funcionamento do mercado de balcão.

    Saiba mais

    Veja o folder sobre os derivativos de energia para conhecer melhor a dinâmica desse mercado a partir de um exemplo de operação.

    Veja o ebook sobre os derivativos de energia para uma explicação detalhada do funcionamento desse produto.

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    Plataforma de energia
    A B3 possui uma plataforma de energia que colhe, processa e disponibiliza informações que favorecem a transparência, a formação de preços e a gestão de riscos no mercado livre de energia. Conheça.